Faern participa de audiência pública que debateu problemas e sugestões da cajucultura - 12 de Jun de 2012
Foi promovida na tarde de segunda-feira (11), na Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Norte, audiência pública que debateu a situação da
cajucultura no estado. Idealizada pelo deputado Gustavo Fernandes, o encontro
visava analisar a real situação de inúmeros produtores rurais e apontar
possíveis soluções para o setor, que atualmente sofre com vários problemas no
RN.
De acordo com os debatedores, entre produtores rurais e
técnicos do Rio Grande do Norte e do Ceará (que enfrenta os mesmos problemas)
não existe assistência técnica e sem o acesso a novas tecnologias não será
possível melhorar a produtividade que está muito baixa nos estados que cultivam
o caju. “Aliado a isso tudo, o preço baixo pago pelo mercado ao nosso produtor.
Que já sofre atualmente com essa seca devastadora”, ressaltou o presidente da
Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares
Vieira.
O propositor da audiência pública, deputado Gustavo
Fernandes, explicou que com base em informações do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) o Nordeste, com uma área plantada superior a 750
mil hectares, responde por 100 por cento da produção nacional e o Ceará, Piauí,
Bahia e Rio Grande do Norte são os principais produtores. “As exportações das
principais frutas do Rio Grande do Norte alcançaram 135,2 milhões de dólares em
2011. A castanha de caju movimentou 50,2 milhões de dólares e ficou com a
segunda posição na pauta externa. Apesar de tanto potencial, uma questão
primordial na atividade do caju necessita ser revista. Trata-se do baixo preço
recebido pelo produtor. O seu empobrecimento resultou na incapacidade de
realizar novos investimentos”, alertou o parlamentar.
Ações
De acordo com o presidente da Faern, José Vieira, ações
precisam ser feitas imediatamente para sanar esse declínio do setor da
cajulcultura. “Se não nos alertarmos para esse grave problema, o setor e os seus
inúmeros produtores sofrerão as terríveis consequências. Depois disso, não
adiantará reclamar dos bolsões de miséria que aparecerão nas pequenas cidades e
zonas rurais. E as ações começam com assistência técnica efetiva e pesquisa de
ponta. Aliado a isso, um melhor preço pago aos nossos produtores rurais. Afinal,
no território potiguar o produtor vende hoje um quilo da castanha por R$ 1,40
enquanto que a importada chega aqui, em média, a R$ 2,19”, explicou
Vieira.
Participaram dos debates: Elano Gomes Pinto, da Associação
de Produtores de Severiano Melo; o presidente da Associação dos Cajucultores do
Ceará, João Batista de Carvalho; o vice-presidente da Federação da Agricultura
do Ceará, Normando Soares; o gestor de projetos do Sebrae, Lecy Carlos Gadelha;
o coordenador de produção vegetal e fruticultura da Emparn, João Maria de Lima e
o presidente da Faern, José Vieira.
Fonte: FAERN (Clique
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