domingo, 5 de abril de 2009

Diagnóstico traçará perfil do produtor de castanha na Serra do Mel



SERRA DO MEL - Visando conhecer a realidade das famílias que lidam com a cajucultura a fim de promover o fortalecimento da atividade, a Prefeitura de Serra do Mel está realizando um diagnóstico sobre o sistema utilizado atualmente no beneficiamento da castanha do caju no município.

O levantamento atinge todas as vilas, onde estima-se que cerca de 200 produtores ainda beneficiam a castanha de maneira artesanal.

A partir desse levantamento, o prefeito Josivan Bibiano de Azevedo (PSDB) pretende gerar incentivos para que cada produtor possua estrutura adequada para preparar a castanha, aprimorando sua qualidade e alcançado melhores preços no mercado.

O prefeito Bibiano disse que pretende construir cozinhadores em cada vila, para acabar com o incômodo causado pela fumaça, devido alguns produtores utilizarem a casca da castanha no preparo do produto, ao invés de lenha.

O diagnóstico está sendo coordenado por uma equipe da Secretaria Municipal de Agricultura, tendo à frente o titular da pasta, Francisco Mariano Regis, "Neto da São Paulo". A coleta de dados consiste numa espécie de questionário que deve ser preenchido corretamente por cada produtor de castanha do município. Nele, o entrevistado prestará todas as informações pessoais, inclusive um apelido, se tiver. Depois da identificação pessoal, será traçado um perfil do beneficiador, onde a citação da faixa etária é fundamental.

O documento visa ainda dar um norte ao Executivo municipal sobre a quantidade de pessoas ocupadas diretamente no beneficiamento de castanha de caju, onde o entrevistado deve citar se essas pessoas são familiares ou trabalhadores temporários.

Levantamento garantirá identificação das unidades

Outro ponto importante do diagnóstico que será trabalhado na Serra do Meu se volta para a identificação das unidades de beneficiamento existentes no município.

Os dados consistem numa descrição minuciosa da área ocupada pelo produtor, se é própria ou arrendada, tipo de estrutura (alvenaria ou taipa), se possui reservatório de água, depósito para casca, equipamentos existentes (máquina de corte, estufa, mesa de seleção, mesa de escolha da castanha in natura, mesa de despeliculagem, cesto de cozinhamento, cesto de banho-maria, o tipo de embalagem que utiliza).

A prefeitura também pretende levantar dados sobre a produção e forma de comercialização do produto. Para isso, os técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura que elaboraram o formulário da pesquisa, reservaram uma área específica para a coleta de dados em torno da área total de produção dos cajueiros gigante e anão precoce, bem como a idade da plantação.

O entrevistado dará informações, ainda, sobre a produção de castanha do ano anterior (2008) e os dias trabalhados por semana, se usa lenha ou casca para cozinhar castanha, local do cozinhamento e horário do início e término do trabalho.

Por último, será levantada a forma de comercialização da castanha, como é vendida a amêndoa (se direto nos supermercados, feiras, Ceasa, pela cooperativa, por meio de atravessador, entre outros), além do produtor indicar a quantidade mensal de castanha beneficiada. (JORNAL omossoroense.com.br 05/04/2009)