domingo, 8 de novembro de 2009

Paraíba, 11 unidades de beneficiamento de produção de alimentos

MDS inaugura, na Paraíba, 11 unidades de beneficiamento de produção de alimentos
Os moradores de oito municípios do litoral Norte da Paraíba terão mais oportunidades para melhorar o trabalho, aumentar a renda e enfrentar a insegurança alimentar. Nessas localidades - Cuité, Mamanguape, Itapororoca, Pedro Régis, Araçagi, Capim, Lucena e Mataraca - serão inauguradas, a partir desta quarta-feira (12/11), unidades de beneficiamento de produção de alimentos.

Os moradores de oito municípios do litoral Norte da Paraíba terão mais oportunidades para melhorar o trabalho, aumentar a renda e enfrentar a insegurança alimentar. Nessas localidades - Cuité, Mamanguape, Itapororoca, Pedro Régis, Araçagi, Capim, Lucena e Mataraca - serão inauguradas, a partir desta quarta-feira (12/11), unidades de beneficiamento de produção de alimentos. Os municípios fazem parte dos Consórcios de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (Consads), ação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

As inaugurações começam na manhã desta quarta-feira (12) com a presença do secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Onaur Ruano. Nos municípios de Cuité, Mamanguape e Itapororoca serão inauguradas unidades de beneficiamento da castanha de Caju. Em Pedro Régis, serão galpões de avicultura alternativa de postura de avicultura alternativa de corte.

Na quinta-feira (13), será a vez do município de Araçagi, que ganhará também galpões de avicultura alternativa de postura e de avicultura alternativa de corte. No mesmo dia, serão inauguradas a sede da administração ”Projeto Unidades Produtivas Familiares do Litoral Norte Paraibano” e o viveiro de mudas do município de Capim. As inaugurações serão feitas pelo diretor da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Marco Aurélio Loureiro.

Mais duas unidades de beneficiamento da castanha de caju serão inauguradas na sexta-feira (14) em Lucena e Mataraca. Esse último município também ganhará um galpão de avicultura alternativa de corte e uma avicultura alternativa de postura.

Consad - Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (Consad) é um arranjo territorial institucionalmente formalizado, envolvendo número definido de municípios que se agrupam para desenvolver ações, diagnósticos e projetos de segurança alimentar e nutricional e desenvolvimento local, gerando trabalho e renda.
Organizados em associações civis sem fins lucrativos, é composto por 1/3 de representantes do poder público e 2/3 de representantes da sociedade civil de cada município participante. Nestes territórios, o MDS apóia a implantação de projetos de combate à pobreza relacionada a sistemas agroalimentares.

SERVIÇO

Inauguração de unidades de beneficiamento de produção de alimentos na Paraíba – Participação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)

Quarta-feira (12)

Inauguração: Unidade de Beneficiamento da Castanha de Caju
Horário: 8h30
Município: Cuité de Mamanguape

Inauguração: Unidade de Beneficiamento da Castanha de Caju
Horário: 11h
Município: Itapororoca

Inaugurações: Galpão de Avicultura Alternativa de Postura / Galpão de Avicultura Alternativa de Corte
Horário: 16h
Município: Pedro Régis

Quinta-feira (13)

Inaugurações: Galpão de Avicultura Alternativa de Corte / Galpão de Avicultura Alternativa de Postura
Horário: 8h
Município: Araçagi

Inaugurações: Sede da Administração ”Projeto Unidades Produtivas Familiares do Litoral Norte Paraibano” / Viveiro de Mudas
Horário: 11h
Município: Capim

Visita: Terreno doado pela Administração atual ao CONSAD Litoral Norte Paraibano
Horário: 15h30
Município: Mamanguape

Sexta-feira (14)

Inauguração: Unidade de Beneficiamento da Castanha de Caju
Horário: 8h30
Município: Lucena

Inaugurações: Galpão de Avicultura Alternativa de Corte / Avicultura Alternativa de Postura
Horário: 15h
Município: Mataraca

Informações para a imprensa
Adriana Scorza / Dimas Ximenes
(61) 3433-1052
ASCOM/MDS

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Assentamento passa a contar com fábrica de beneficiamento de castanha

Publicado no Dia 04/11/2009

Uma nova realidade começa a surgir para as famílias do Assentamento Novo Pingos, localizado na região do vale do Açu. A inauguração da mini fábrica de beneficiamento de castanha, que acontece hoje, às 14h, através da parceria entre o serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (SEBRAE/RN) e a Fundação Banco do Brasil, já mostra os primeiros frutos: A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) fechou um contrato para a compra de produtos fabricados na mini-fábrica, no valor de R$ 200 mil.

O contrato, que ocorre através do Programa Compra Direta e possui validade de um ano, surge como mais um benefício para as famílias produtoras. O primeiro repasse de produtos acontece já no próximo mês de dezembro.

"A reestruturação da mini-fábrica está trazendo uma grande oportunidade para as famílias do assentamento, que caminha para se tornar um assentamento modelo no País. O Sebrae acredita no potencial, e tem apostado em ações para o Novo Pingos", destaca o diretor técnico do Sebrae/RN, João Hélio Cavalcante.

Além da expansão e reestruturação da mini-fábrica, onde foram investidos R$ 250 mil, o Sebrae/RN realiza outros projetos dentro do assentamento, a exemplo do Programa de Agricultura Integrada e Sustentável (PAIS) e projetos ligados à apicultura.

Com a reestruturação da mini-fábrica serão beneficiadas, anualmente, cerca de 200 toneladas de amêndoas de caju, que terá valor agregado de até 20% sobre o preço praticado atualmente. A expectativa é de que a capacidade de produção de amêndoas seja dobrada a partir do quinto ano de produção.

Participam da inauguração a diretoria do Sebrae/RN, através do superintendente José Ferreira de Melo Neto, o diretor técnico, João Hélio Cavalcante, o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, e o superintendente estadual do Banco do Brasil, Otaviano Amantéia.

Emater inaugura mini-fábrica de beneficiamento de castanha de caju

04/11/2009 - 16h11

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Açu/RN - O Governo do Estado, por meio da Emater, inaugurou uma mini-fábrica de beneficiamento de castanha de caju, no assentamento Novos Pingos, na zona rural do município de Açu. O assentamento tem, atualmente, 56 famílias assentadas num total de 256 habitantes. A oitava Unidade Agroindustrial de Beneficiamento de Castanha de Caju faz parte do Programa Gerador de Trabalho e Renda- construção e revitalização das mini-fábricas de castanhas de caju, realizado pelo Governo, por meio da Emater, em parcerias com a Fundação Banco do Brasil, Sebrae, Emparn, Conab e Associações de produtores.

A mini-fábrica do assentamento Novos Pingos, funciona desde 2006 e passou por uma reforma para a ampliação da capacidade operacional de beneficiamento, que era de 50Kg de amêndoas / dia, para 200 kg/dia, num total de 210 toneladas de castanhas beneficiadas por ano. O objetivo principal desse projeto é agregar valor ao produto e aumentar a renda dos agricultores familiares da região. A mini-fábrica de beneficiamento de castanha de caju do assentamento Novos Pingos é a oitava de dez previstas no projeto. Essa mini-fábrica disponibiliza 25 postos de trabalho direto e beneficiará indiretamente 350 pessoas na cadeia produtiva do caju.

(Governo do Rio Grande do Norte)www.e-campo.com.br

quarta-feira, 3 de junho de 2009

RN ganha duas minifábricas de castanha de caju

A governadora Wilma de Faria participa, na tarde de hoje, da inauguração de duas minifábricas de castanha de caju no Rio Grande do Norte, nos municípios de Pureza e Severiano Melo.
Os investimentos são da ordem de R$ 511,5 mil da Fundação Banco do Brasil, com apoio do Governo do Estado. A contrapartida das instituições associadas é de R$ 2,9 mil.
As parceiras da instituição nos convênios são as associações dos Produtores Agrícolas de Bebida Velha (Apabv) e dos Produtores de Castanha de Santo Antônio (Assanto). Em Pureza, serão atendidos 104 trabalhadores diretamente e 420 de forma indireta. Na cidade de Severiano Melo, esses números atingem 30 e 420, respectivamente.
Segundo o superintendente da Fundação Banco do Brasil nas comunidades, Otaviano Amantéa Campos, o projeto de minifábrica de castanha de caju no Rio Grande do Norte prevê a construção de dez unidades, no total, das quais cinco já estão em funcionamento. A oitava, no município de Assú, já está em construção.
O superintendente acredita que o projeto colabora com a fixação do agricultor no seu local de origem, aumentando a renda familiar. "Com a iniciativa, o agricultor familiar consegue vender as castanhas (in natura) e as amêndoas a preços melhores, nos mercados internos e externos", diz.
Tanto que os agricultores fecharam um convênio com o grupo indiano Olam Brasil, que vende amêndoas e castanha para 52 países.
O acordo prevê o fornecimento de mil quilos de amêndoas por mês ao grupo, por cada minifábrica, o que representa um terço da capacidade de produção de cada unidade, que é de 3 mil kg.
"Dessa forma, o agricultor familiar não ficará dependente de um único comprador", afirma Otaviano Amantéa.
O grupo Olam Brasil se comprometeu, ainda, a comprar o excedente da produção das castanhas das associações a preço de mercado. A parceria também resultará em um ganho de transferência de tecnologia de processamento de castanhas.
Atualmente, as minifábricas têm convênio com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) - que fornece crédito para cada unidade adquirir castanhas dos associados -, além de mercados locais e prefeituras, que distribuem o produto em merendas escolares. Cada minifábrica oferece 30 postos de trabalho diretos.
O Comitê Gestor da Cajucultura no Rio Grande do Norte, que se reúne a cada dois meses, é formado por representantes da Fundação Banco do Brasil, Banco do Brasil, Conab, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e das sete minifábricas envolvidas.
Fundação Banco do Brasil prevê fortalecimento da cadeia de caju
O presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, antevê, com a inauguração de mais duas minifábricas no Estado, a consolidação e o fortalecimento da cadeia produtiva do caju como atividade economicamente viável na região, a melhora na qualidade de vida e condições de trabalho dos pequenos agricultores, o desenvolvimento do espírito associativista e cooperativista na comunidade, a diminuição do êxodo rural e o aumento de emprego e oportunidades de trabalho. Além disso, "haverá aumento qualitativo e quantitativo da produção de castanha de caju, o incremento na comercialização dos produtos e as conquistas de novos mercados consumidores", afirma Pena.
O município de Pureza possui área de 504km², e população de 7.061 habitantes. Desses, 2.537 vivem na área urbana (36,30%) e 4.426 na área rural (63,70%). O Índice de Desenvolvimento Humano é de 0,577.
As principais atividades econômicas do município são: agropecuária, extrativismo e comércio, com destaque para a castanha de caju, coco, mandioca e milho. A comunidade de Bebida Velha situa-se a 18km da cidade de Pureza, e tem como fonte de renda a agricultura familiar, com os cultivos de cajueiro, banana, mangaba, macaxeira e abacate.
A área explorada com cajueiro é de ordem de 6.500 hectares com produção de 1.950 toneladas por safra e produtividade média de 300kg de castanha por hectare. Esse é o principal produto da comunidade de Bebida Velha, cuja produção anual gira em torno de 700 toneladas.
O município de Severiano Melo possui área de 158km² e população de 10.579 habitantes. O Índice de Desenvolvimento Humano é de 0,631. A principal atividade econômica é a agropecuária (caprinos e ovinos), com destaque a castanha de caju, feijão e milho.
O povoado de Santo Antônio dista 9km da sede do município e tem população de 1,4 mil habitantes, tendo como principal atividade econômica a exploração de cajueiro e a prestação de serviços no beneficiamento da castanha de caju. (http://www.omossoroense.com.br/ 03/06/2009)

sábado, 23 de maio de 2009

IV SEMINARIO DE APICULTURA Serra do Mel

5 Seminario de Apicultura de Serra do Mel / RN
realizado no dia 23 de Maio de 2009
Local: auditorio da Camara Municipal de Serra do Mel
Promoçao: APISMEL


















Prefeitura de Serra do Mel Incentiva pratica de esportes

SERRA DO MEL - A Câmara Municipal de Serra do Mel aprovou no último dia 14, um convênio celebrado entre prefeitura e Liga Desportiva Serrana, no valor de R$ 12 mil, destinados a participação do futebol local em competições realizadas no Rio Grande do Norte. A iniciativa do prefeito Josivan Bibiano de Azevedo (PSDB) recebeu elogios do experiente presidente da Lida Desportiva Serrana, Jeú Ferreira.
Segundo Jeú, que já participou como jogador de diversos campeonatos de futebol em vários estados brasileiros, o município passa por um dos melhores momentos da sua história, na área do esporte. Segundo ele, os incentivos governamentais têm refletido na boa performance dos atletas locais, com gratas revelações no cenário.
O interesse do prefeito Bibiano é integrar a comunidade, principalmente os estudantes, à prática de todas as modalidades esportivas. Mas o futebol é o esporte que vem conquistando mais adeptos em Serra do Mel. A principal razão para esse crescimento é o incentivo que a prefeitura vem oferecendo à prática do esporte no município através da realização do campeonato municipal e competições isoladas promovidas nas vilas.
Estádio do município recebe investimentos
O governo municipal da Serra do Mel, além de custear as ações desenvolvidas na área do esporte, efetuou a reforma e ampliação do estádio de futebol e já anunciou para breve, a implantação do gramado do estádio e construção de lances de arquibancadas.
Em relação ao campeonato municipal, a ideia do prefeito é gerar incentivos para que o certame conte com a participação de equipes representando todas as vilas.
A Prefeitura de Serra do Mel investe também na zona rural do município através da realização de competições esportivas e o apoio às equipes da região com a doação de bolas e uniformes.
Com essas ações os moradores das vilas estão desenvolvendo o gosto pelo esporte através dos jogos de futebol que são realizados nas diversas comunidades.
O apoio a eventos e projetos esportivos como esses reforça a decisão acertada da atual administração em investir na prática esportiva.
"A nossa administração vem investindo para resgatar a prática esportiva no nosso município, pois o esporte é importante para livrar os nossos jovens de coisas ruins que temos no mundo de hoje", conclui o prefeito Bibiano. (jornal omossoroense.com.br 23/05/2009)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Serra do mel comemora 21 anos de emancipacao

SERRA DO MEL - A cidade de Serra do Mel está em festa. Hoje são comemorados os 21 anos de Emancipação Política do município com uma programação cujas atividades iniciam logo cedo com celebrações religiosas e se estendem durante todo o dia com eventos socioculturais e esportivos.
De acordo com a organização da festa, a programação tem o formato das edições anteriores, mas com inovações.
A parte esportiva recebeu novos incrementos graças às melhorias introduzidas no estádio municipal, possibilitando a realização de um torneio de futebol mais abrangente às vilas. Além das partidas envolvendo equipes locais, os desportistas serão presenteados com o confronto entre a Seleção de Serra do Mel e Baraúnas.
Outro ponto alto da programação festiva do aniversário da cidade, preparada pelo prefeito Josivan Bibiano de Azevedo (PSDB), será a apresentação do espetáculo cênico "O Auto da Serra", que se constitui uma merecida homenagem aos protagonistas que deram início à construção da história de Serra do Mel.
O elenco envolve quase uma centena de crianças da cidade, sendo a grande maioria integrante do Projeto Meninos da Serra, coordenado pela primeira-dama do município, Milani Azevedo, que também é uma das responsáveis pela montagem da programação do aniversário da cidade.
A data também é marcada por inaugurações de obras realizadas na atual gestão e anúncios de novos benefícios, pelo chefe do Executivo municipal. Paralelo às atividades desenvolvidas pela prefeitura, a Câmara Municipal de Serra do Mel realiza uma sessão solene hoje, onde fará entrega de títulos honoríficos a personalidades que direto e indiretamente contribuíram para o desenvolvimento do município.
Aviões do Forró será a atração principal do evento na noite de hoje
Mas o assunto da semana em Serra do Mel e nas cidades vizinhas foi a inclusão da atração nacional Aviões do Forró na programação do aniversário da cidade. O prefeito Bibiano explicou que está empreendendo um grande esforço para trazer a banda para animar a festa de hoje.
A atração era reivindicada faz tempo e só não veio ao município na Festa do Caju do ano passado porque estava com a agenda cheia na época. "Mas prometemos que na primeira oportunidade contrataríamos a banda para se apresentar na cidade, o que estamos fazendo agora", explica.
Além de Aviões do Forró, estarão se apresentando no largo de eventos as bandas Forrozão Na Pisada, Garotos do Forró, Revelação do Forró e Marquinhos dos Teclados.
O município de Serra do Mel nasceu de um projeto de colonização idealizado em 1970 pelo então governador do Estado do Rio Grande do Norte, José Cortez Pereira de Araújo, implantado em 1972, ainda em seu governo, mas somente concluído no ano de 1982 com a ocupação de quase todas as suas vilas rurais.
No dia 13 de maio de 1988, de acordo com a Lei nº 803, Serra do Mel conseguiu sua autonomia política, tendo suas terras desmembradas de Assu, Areia Branca, Carnaubais e Mossoró, tornando-se um novo município do Rio Grande do Norte, o único a ter sua origem a partir de uma área de assentamento de trabalhadores sem terra no Estado. (jornal omossoroense.com.br 12/05/2009)

domingo, 10 de maio de 2009

SERRA DO MEL - Justiça Sinaliza para Reabrir a COOPERMEL

Serra do Mel - Os produtores de castanha da Serra do mel desperdiçam de 40 a 90 mil toneladas de caju nas 22 vilas rurais do município por ano. Apenas a castanha é aproveitada. O mecanismo financiado pelo Banco do Nordeste do Brasil para aproveitar o caju e beneficiar a castanha, não funcionou como deveria. As oscilações da economia nos últimos vinte anos e sucessivas administrações desastrosas tornaram impagáveis as dívidas junto ao BNB. Ao menos, até agora.A instituição financiada pelo BNB para produtores beneficiar a castanha e aproveitar o caju foi a Cooperativa Agro-Industrial dos Colonos da Serra do Mel (COOPERMEL), no final da década de oitenta. Por um curto período, a instituição funcionou bem. Produzia suco e beneficiava a castanha, agregando valores. Entretanto, não prosperou. Os empréstimos junto ao BNB não foram pagos.Em poucos anos, as contas que inicialmente se imaginavam que seriam pagas com facilidade, se tornaram impagáveis. A dívida contraída em cruzado foi transformada em real. Aos colonos, o BNB informava que a dívida total passava de R$ 28 milhões. Em juízo, nos dois processos de cobrança, a dívida apresentada somava R$ 7 milhões. Segundo o presidente da Coopermel, mesmo assim, se vendesse tudo da cooperativa, não se pagava 5% da dívida.No mês de novembro de 2008, o advogado Francisco Welinthon, em conversa informal com os colonos tomou conhecimento da existência da estrutura da Coopermel, que compreende mais de duas dezenas de galpões, duas linhas de suco industrial, uma unidade industrial de beneficiamento de castanha, uma fábrica de doce, caldeira, estufa e propriedades. "Eu fui a São Paulo resolver questões judiciais que acompanho e lá tomei conhecimento de um escritório que trabalha especificamente estas dívidas, com auditoria. Intermediei o contato com a cooperativa e o resultado é que, depois de observado o que determina precisamente a Legislação Brasileira, e novas decisões de Governo para dívidas agrárias, descobrimos que a dívida total não passava de 1,5 milhão (R$ 1.472.462,39)", conta o Francisco Welinthon.O primeiro ato foi apresentar pedido de renegociação da dívida no BNB, no dia 26 de novembro de 2008. No dia 3 de dezembro, o advogado pediu a juíza Ana Orget, responsável pelo processo de cobrança, a suspensão do processo de execução da dívida (cobrança) na Justiça. A juíza concedeu e já agendou a primeira audiência para o dia 16 de abril com o gerente-geral do BNB, João Cirilo, que achou por bem pedir adiamento para o dia 30 de abril.Na audiência, o banco informou que a dívida era de R$ 7 milhões e que os colonos não tinham como pagar. Welingthon apresentou o valor calculado pela auditória de R$ 1,4 milhão e disse que os colonos poderiam negociar a dívida. Junto com sua proposta, o advogado apresentou as mudanças na legislação que foram ignoradas pelo banco ao refazer o cálculo da dívida. Diante do quadro, o gerente-geral do BNB, João Cirilo, apresentou uma nova dívida, de R$ 2,8 milhões.Diante do novo quadro, o advogado pediu a suspensão da reunião para informar os fatos aos colonos da cooperativa e decidir se pagavam ou desistiam da estrutura. Esta reunião com os colonos deve acontecer antes do dia 27 deste mês, quando haverá outra audiência na Justiça com o BNB. Nesta ocasião, os colonos vão precisar de R$ 80 mil para renegociar a dívida. "Estou confiante de que os colonos vão reassumir a Coopermel, assumindo esta dívida para pagar num prazo generoso, conforme a Legislação permite", diz o advogado.
Colonos querem mais esclarecimentos sobre a possibilidadeO atual presidente da Coopermel, Manoel Nazareno de Oliveira, diz que os colonos estão animados, porém, admite que sejam necessárias mais informações a respeito do projeto de reativação da indústria da cooperativa no município. Segundo ele, existem muitas dívidas trabalhistas do passado que precisam ser administradas com cuidado.Nazareno relatou que pelo menos uma linha industrial de suco já foi leiloada pela Justiça para pagar dívidas trabalhistas. Disse também que para funcionar, a Coopermel vai precisar investir na recuperação dos prédios, limpeza e reinstalação das máquinas da fábrica de suco, doce e da linha de industrial de beneficiamento de castanha ainda existente na unidade.Quantos às informações necessárias para os colonos, Nazareno está agendando para os próximos dias uma data que possa participar os técnicos da Emater, o prefeito Josivan Bibiano e o advogado Francisco Welinthon. "Queremos a participação de todos os colonos e as autoridades envolvidas no processo, para que fique tudo bem esclarecido", diz Nazareno.
Município desperdiça até 80 mil ton. de cajuO extencionista do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte, Anchieta Martins, disse que a Coopermel fechada não vale os R$ 2,8 milhões. Mas funcionando, vale muito mais. Na opinião do técnico, o negócio é viável e totalmente possível de ser realizado.Porém, Anchieta Martins destaca que é preciso intervenção do prefeito constituído no município, para que seja possível a concretização da negociação com o BNB. "E acredito que o prefeito Josivan Bibiano vai entrar no negócio, pois a Coopermel gera muitos empregos", diz.O extencionista disse que a produção de castanha no município, que tem quase 2,5 milhões de cajueiros, tem sido pequena nos anos devido aos invernos fracos e o surgimento de pragas, como a mosca branca. "Mesmo assim, a safra tem sido sempre acima de 4 mil de toneladas", diz.Sobre a perspectiva de produção para 2009, Anchieta Martins disse que o inverno forte do ano passado e o outro deste ano proporcionou um cenário otimista para os produtores. Se tudo correr bem, ele acredita que a safra possa ser superior a 8 mil toneladas de castanha.Neste caso, ele contou que serão 80 mil toneladas de caju desperdiçado, como vem acontecendo há anos. É deixado nos pomares. Se colocar a Coopermel para funcionar, a expectativa é aproveitar pelo menos 15% do pedúnculo (caju) na fabricação de suco, doce, adubo e ração para animais.
Prefeito tem interesse em reativar a indústriaO prefeito Josivan Bibiano de Azevedo (PSDB) confirmou que tem interesse que a Coopermel volte a funcionar. "Essa indústria pode gerar de 200 a 300 empregos diretos e mais de dois mil indiretos. Queremos sim uma parceria saudável e rentável para todos com a Coopermel", diz o prefeito Bibiano, que nesta semana esteve em Brasília cumprindo agenda administrativa.A ideia do prefeito é chamar a Companhia Nacional de Abastecimento para ampliar a parceria com os produtores de castanha. "Queremos que a CONAB compre a produção de castanha e estoque nos galpões das vilas, para os produtores beneficiarem e venderem a castanha com valores agregados. O lucro assim será melhor e eles terão emprego o ano inteiro", diz o prefeito.SERRA DO MELO município de Serra do Mel foi projetado na década de 70 para ser a mola propulsora da economia do Rio Grande do Norte. Inicialmente as 23 vilas (uma administrativa) foram entregues, com quase 2,5 milhões de cajueiros, a 1.196 colonos. Atualmente, além do caju e castanha, também são produzidos melancia, feijão e milho em regime de sequeiro. (Jornal DEFATO.COM 10/05/2009)

domingo, 5 de abril de 2009

Diagnóstico traçará perfil do produtor de castanha na Serra do Mel



SERRA DO MEL - Visando conhecer a realidade das famílias que lidam com a cajucultura a fim de promover o fortalecimento da atividade, a Prefeitura de Serra do Mel está realizando um diagnóstico sobre o sistema utilizado atualmente no beneficiamento da castanha do caju no município.

O levantamento atinge todas as vilas, onde estima-se que cerca de 200 produtores ainda beneficiam a castanha de maneira artesanal.

A partir desse levantamento, o prefeito Josivan Bibiano de Azevedo (PSDB) pretende gerar incentivos para que cada produtor possua estrutura adequada para preparar a castanha, aprimorando sua qualidade e alcançado melhores preços no mercado.

O prefeito Bibiano disse que pretende construir cozinhadores em cada vila, para acabar com o incômodo causado pela fumaça, devido alguns produtores utilizarem a casca da castanha no preparo do produto, ao invés de lenha.

O diagnóstico está sendo coordenado por uma equipe da Secretaria Municipal de Agricultura, tendo à frente o titular da pasta, Francisco Mariano Regis, "Neto da São Paulo". A coleta de dados consiste numa espécie de questionário que deve ser preenchido corretamente por cada produtor de castanha do município. Nele, o entrevistado prestará todas as informações pessoais, inclusive um apelido, se tiver. Depois da identificação pessoal, será traçado um perfil do beneficiador, onde a citação da faixa etária é fundamental.

O documento visa ainda dar um norte ao Executivo municipal sobre a quantidade de pessoas ocupadas diretamente no beneficiamento de castanha de caju, onde o entrevistado deve citar se essas pessoas são familiares ou trabalhadores temporários.

Levantamento garantirá identificação das unidades

Outro ponto importante do diagnóstico que será trabalhado na Serra do Meu se volta para a identificação das unidades de beneficiamento existentes no município.

Os dados consistem numa descrição minuciosa da área ocupada pelo produtor, se é própria ou arrendada, tipo de estrutura (alvenaria ou taipa), se possui reservatório de água, depósito para casca, equipamentos existentes (máquina de corte, estufa, mesa de seleção, mesa de escolha da castanha in natura, mesa de despeliculagem, cesto de cozinhamento, cesto de banho-maria, o tipo de embalagem que utiliza).

A prefeitura também pretende levantar dados sobre a produção e forma de comercialização do produto. Para isso, os técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura que elaboraram o formulário da pesquisa, reservaram uma área específica para a coleta de dados em torno da área total de produção dos cajueiros gigante e anão precoce, bem como a idade da plantação.

O entrevistado dará informações, ainda, sobre a produção de castanha do ano anterior (2008) e os dias trabalhados por semana, se usa lenha ou casca para cozinhar castanha, local do cozinhamento e horário do início e término do trabalho.

Por último, será levantada a forma de comercialização da castanha, como é vendida a amêndoa (se direto nos supermercados, feiras, Ceasa, pela cooperativa, por meio de atravessador, entre outros), além do produtor indicar a quantidade mensal de castanha beneficiada. (JORNAL omossoroense.com.br 05/04/2009)