terça-feira, 28 de agosto de 2012

Beneficiamento de Castanha de Caju

Minifábricas de beneficiamento

Território: Semi-Árido

Estima-se que, somente em 2004, trabalhadores rurais da Região Nordeste do país produziram 183 mil toneladas de castanhas-de-caju, gerando exportações equivalentes a US$ 186 milhões. A fim de aproveitar esse potencial, o governo brasileiro e empresas estão investindo no processo agroindustrial do caju, com o beneficiamento de castanhas e polpas.
A tecnologia visa a organizar minifábricas na configuração de um Módulo Agroindustrial Múltiplo de Processamento de Castanha-de-caju. O modelo atende às unidades (cooperativas de produtores) que adotam o processo e à linha de equipamentos desenvolvidos pela Embrapa. Também ocorre a implantação de uma unidade central de beneficiamento, acabamento, embalagem e comercialização.
Tal ação permite a articulação de agentes produtivos com interesses comuns, superando pontos críticos do processamento, gerando o aumento em 50% das amêndoas inteiras.
O processo de beneficiamento da castanha-de-caju tem as seguintes etapas, de acordo com a Unidade de Agronegócios do Sebrae Nacional:
A secagem das castanhas é feita em quadras de cimento ou em terreiros com o objetivo de reduzir a umidade para em torno de 8%. Depois de limpas, são classificadas e armazenadas em local arejado e seco. Dessa forma, é possível estocá-las por até um ano, enquanto se aguarda o beneficiamento.
A industrialização da castanha-de-caju começa com o cozimento por aproximadamente 20 minutos em autoclaves. Depois que saem das autoclaves, as castanhas seguem para o corte. O trabalho é feito preferencialmente em duplas. Uma pessoa opera a máquina de corte e a outra ajuda a separar a amêndoa da castanha.
A amêndoa, já sem a casca, passa por outras etapas de beneficiamento. Para reduzir a umidade, é preciso colocar as amêndoas em estufas por seis a oito horas. Depois de esfriar por duas a três horas, seguem para o umidificador. Isso facilita a próxima etapa de beneficiamento: a despeliculagem.
Neste processo, a retirada de películas é feita primeiramente com a utilização de equipamento. Em seguida, vem o acabamento manual, que garante melhor qualidade final e redução do percentual de quebra das castanhas. Nesta etapa, as amêndoas são separadas em grupos por tamanho, integridade e cor, para atender às demandas do mercado comprador. Em seguida, são embaladas.
Os conceitos de classificação e especificação de qualidade são determinados pelo Ministério da Agricultura e estão de acordo com as normas internacionais. Atualmente, o produto in natura é destinado ao mercado externo.
Para o mercado interno, as amêndoas recebem outro tratamento. Depois de selecionadas, elas são fritas em óleo de qualidade por aproximadamente três minutos. Em seguida, vão para a centrifugação a fim de que seja retirado o excesso de óleo. Ainda quentes, são salgadas e embaladas.
publicado:  http://rts.org.br/tecnologias-priorizadas/minifabricas-de-beneficiamento

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